■ Sepulcro Memorial Padre George Jepsen | Mausoléu Paróquia Bom Jesus.
■ Aguaí SC. Diocese de São João da Boa Vista
■ Pároco Padre Rafael Fabiano
■ Autor Arq Eduardo Faust

■ A porta
O monumento se materializa como uma torre, partindo de uma soma de arcos que formam uma portada, um local de passagem, uma porta.
Em Apocalipse capítulo 3, versículo 8 vemos: “Conheço as tuas obras: eu pus diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar; porque, apesar de tua fraqueza, guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome.”
Padre José de Anchieta no seu poema: Compaixão da Virgem na Morte do Filho, recita:
Ó caminho real, áurea porta da altura!
Torre de fortaleza, abrigo da alma pura!

■ Os cinco pilares
No lado esquerdo estruturei o monumento com cinco pilares que elevam-se apontando aos céus, eles são os cinco cravos e simbolizando as cinco chagas do martírio de Cristo.
No mesmo poema Padre José de Anchieta diz:
Sucumbiu teu Jesus transpassado de chagas,
ele, o fulgor, a glória, a luz em que divagas.
Quantas chagas sofreu, doutras tantas te dóis:
era uma só e a mesma a vida de vós dois!

■ A escada
Ao lado direito cinco arcos escalonados completam a estrutura e desenham a portada. Esta arcada forma uma escada, a escada que liga o céu e a terra, a escada do sonho de Jacó
Gênesis capítulo 28, versículo 12: “(Jacó) teve um sonho: via uma escada, que, apoiando-se na terra, tocava o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor.”
Sob esta torre (que contém a escada e a porta) está o sepulcro, a cripta dos que dedicaram-se ao trabalho de servir ao povo de Deus. O legado deles em propagar a Palavra nos trouxeram até aqui.

■ A Cruz Pastoral
A obra será edificada em memória ao Padre George Jepsen, e posteriormente a outros três padres, elevando-se a um mausoléu em homenagem aos sacerdotes da Cidade de Aguaí. Uma lembrança de pastores zelosos de seu rebanho.
A Cruz Pastoral é a soma do cajado de pastoreio com o símbolo maior do Cristianismo – a Cruz. Ela expressa a missão do sacerdote – o labor dos que aceitaram o chamado.
Simboliza o legado dos Padres que neste mausoléu jazem.

■ O sepulcro e o Calvário
Em Mateus capítulo 27 versículo 51 temos: “Eis que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo a terra tremeu, fenderam-se as rochas.”
Padre Anchieta recita:
Ó morada de paz! sempre viva cisterna
da torrente que jorra até a vida eterna!
No sepulcro a composição assimétrica e o granito marrom simbolizam o calvário e as tumbas rachadas após o tremor de terra, na morte de Jesus no Calvário. Os rasgos representam as cicatrizes deixadas no solo e dela brota a água representada pelo mármore azul que leva até as bases dos pilares do monumento.
O abalo sísmico gerado pelo sacrifício de Cristo abriu fissuras na terra, a água que escorre destas fendas é a palavra e o sangue, que nutre o solo (nós – humanidade) e faz germinar e crescer as estruturas que elevam-se e desenham: a torre, a porta (do paraíso) e a escada para o céu (sonho de jacó), pavimentando o caminho da salvação.
Arq Eduardo Faust







