■ Localização | Curitiba PR
■ Arquidiocese de Curitiba – Paróquia Profeta Elias
■ Pároco | Frei Edmilson Carvalho Ocarm
■ Autor | Arq Eduardo Faust
■ Projetos | FAUST arquitetura & engenharia

Redemoinho que leva Elias – o manto que cai – o murmúrio de uma brisa ligeira.

A igreja foi desenhada respeitando o terreno de esquina, dando ênfase a torre localizada no vértice agudo iniciando um eixo simétrico que liga a torre ao altar. O uso de materiais brutos como o concreto aparente e a madeira, dão identidade a edificação e nos remete a caverna de Elias – “murmúrio de uma brisa ligeira“.

A expansão da área interna foi um desafio pois não poderíamos perder o desenho simétrico da edificação, para aproveitar ao máximo o espaço as sacristias, os lavabos e outras salas foram deslocadas para uma construção anexa.

Em formato de semicírculo [com o altar e cruz no ponto central] a assembleia foi desenhada colocando os fiéis em torno da mesa da eucaristia para o grande banquete pascal. Nela foi calculada uma iluminação indireta, amarela, que somado aos materiais naturais busca aconchego e silêncio, convidando a oração quem adentra a Igreja.

Seguindo instruções do Concílio Vaticano II e a linguagem brutalista do edifício o mobiliário litúrgico foi desenvolvido em pedra, este mármore natural mostra a sua verdade estética e a Verdade que as peças sagradas devem nos inspirar.

O peso da pedra nos remete ao peso da Palavra em nossas vidas. Em contraste ao peso da pedra as linhas são delicadas, leves e tem relações com alguns números simbólicos que fazem parte da história da arte sacra.

No altar o tampo é sustentado por um elemento central e outros seis somando sete peças – 7 o número da perfeição. Suas linhas enfatizam o formato de mesa do altar do sacrífico.

Seguindo o mesmo conceito a parte superior que sustenta o evangeliário é estruturado por quatro peças – os 4 evangelistas e a pia batismal segue a tradição do formato octogonal – 8 do oitavo dia.

As imagens de NS do Carmo, Profeta Elias e São Tiago Maior assim como o mobiliário litúrgico estão envoltos por estruturas leves e elegantes de formato livre simbolizando: o redemoinho que leva Elias; o manto que cai e o murmúrio de uma brisa ligeira.

A leveza da estrutura é enfatizada pelo contraste do branco liso em relação os blocos brutos de concreto e a madeira crua da cobertura.

Estas estruturas têm forma livre, porém todas seguem o caminho para a cruz. Simbolizando os distintos caminhos que cada cristão toma para o encontro com A Salvação.

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